Sempre achei necessário refletir sobre os fracassos para tirar lições positivas, aprender e melhorar. Eu também acredito que, quando as coisas vão bem, é importante analisar e entender quais foram os motivos deste sucesso. E é isso que quero fazer hoje.
Quando se inicia um projeto como este, no 5º maior país do mundo, sempre surgem dúvidas ese os que não acreditam que o projeto vai funcionar têm razão ou não. A verdade é que, às vezes, a intuição funciona e outras vezes nem tanto (não é infalível). Porém, de uma coisa tenho certeza, nunca, nunca, nunca, ninguém saberá com total certeza se um negócio que acaba de começar dará certo ou não. Isso é algo que tento ter sempre muito claro. Mesmo quando se tem tudo controlado, sempre pode haver coisas que se escapam aos cálculos iniciais, e as decisões devem ser baseadas nas informações que se tem no momento.
Foi assim que em 2004 lançamos o Infoemprego.com.br e, mais tarde, com a compra do InfoJobs na Espanha e na Itália, o nome foi mudado para InfoJobs. Sem dúvidas, quando começamos no Brasil em 2004, parecia difícil. Muitos comentavam que o mercado já estava saturado, que já existia um líder evidente e que seria impossível alcançar o primeiro lugar. Mas a verdade é que, neste caso e naquele momento, algumas pistas me faziam acreditar que existia uma oportunidade. Deixe-me explicar em que situação estavam os sites de empregos no Brasil em 2004, e quais foram os elementos chave da evolução do InfoJobs.
- Tanto Catho.com.br, que liderava o mercado naquela época, como o Vagas.com.br, que estava na segunda posição, compartilhavam o fato de não terem nascido como negócios online.
- Além do mais, Catho começou como uma empresa de Recursos Humanos que depois se transformou em site de empregos.
- Catho tinha um modelo de negócio que cobrava de quase todos os candidatos para se cadastrar, o que continuam fazendo. Em geral, os sites totalmente pagos, ainda que sejam rentáveis, também são muito vulneráveis à entrada de novos concorrentes.
- Já o Vagas era uma ferramenta informática de Recursos Humanos para grandes empresas, que também se transformou numa bolsa de emprego. Seu ponto frágil era que tinha poucas empresas, embora muito grandes.
A esta situação de mercado, tínhamos que adicionar os pontos fortes do InfoJobs:
- O InfoJobs entrou no mercado com um modelo de negócio muito proativo. Entre outras coisas, quando o InfoJobs foi lançado era a página de emprego mais desenvolvida e com melhor usabilidade para os candidatos, apesar de que não para as empresas.
- O “know-how” de Marketing, com a experiência da Anuntis (Fotocasa, Coches.net, etc...) já havia sido muito testado e é muito eficiente. Nestes momentos calculo que o InfoJobs Brasil investe 4 vezes menos em Marketing do que a Catho e, apesar disso, o InfoJobs tem quase o dobro de visitas.
- Além disso, o InfoJobs estava composto por uma equipe competente, com experiência em diferentes páginas web da Anuntis, e em aproximadamente 3 anos desenvolveram uma ferramenta muito eficiente e competitiva.
O resultado de todos esses fatores em conjunto fez com que em Setembro de 2011, depois de uma campanha de Marketing bem sucedida, o InfoJobs se tornasse o site de empregos mais buscado no Google.
O Infojobs.com.br tem um modelo de negócio baseado na monetização de algumas empresas e de alguns candidatos, sempre com o sistema “freemium”, ou seja, gratuito, cobrando por serviços de valor agregado.
Hoje, a liderança do InfoJobs no Brasil já é uma realidade, com mais de 10 Milhões de candidatos, 50% de participação de mercado em páginas vistas e mais de 40% do tempo de navegação.
- De acordo com Comscore, de todo o tempo em que os usuários navegam em sites de emprego no Brasil, mais de 40% é no InfoJobs. Isto é graças a ferramenta que oferece soluções que fazem com que os usuários sintam-se bem navegando pelo site. Pela mesma razão, a taxa de abandono é muito baixa.
2. A participação de mercado em páginas vistas é a maior do setor, com 48%. Isto ocorre porque a informação no site é de interesse dos usuários.
3. E até aqui chegamos. Sem dúvidas, parecia muito difícil ao princípio. Antes de tudo, é preciso acreditar.
E até aqui chegamos. Sem dúvidas, parecia muito difícil ao princípio. Antes de tudo, é preciso acreditar.